sábado, 17 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Rômulo e Eliana Fotografia
Somos
um casal completamente apaixonados pelo que fazemos. Fotografar nos encanta,
nos emociona, e é isso que queremos viver
para sempre. Somos parceiros, amigos, companheiros e gratos a Deus, que nos
possibilita viver todas essas experiências e conhecer tantas histórias de amor.
Felizes somos de
termos sido salvos pela fotografia, felizes de levar felicidade pra vida das
pessoas, de arrancar sorrisos e lágrimas pelo simples fato de eternizar
momentos únicos. E não há nada no mundo
que nos inspire mais do que a felicidade, que na nossa opinião, é uma escolha
que fazemos diariamente.
Da nossa vontade de
espalhar amor nasceu essa empresa, que foi sonhada junto e impulsionada pelos
obstáculos da vida. Nossa fotografia é também um jeito de colocar amor num pedaço
de papel e colecionar histórias de outras pessoas. Isso parece tão mágico pra
nós.
Nosso coração
explode de alegria ao presenciar e registrar, a sua felicidade.
Nos dá esse prazer?
Com amor,
Eliana e Rômullo Prado
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Casando no Natal
Se você está planejando um casamento no Natal, terá o
cenário perfeito para um bonito e mágico casamento. Utilize enfeites e luzes
que fazem parte da temporada para fazer do seu casamento um país das
maravilhas.
Dependendo de onde se realizará o casamento, muitas
das decorações poderão já estar prontas. Você realizará a recepção em uma
pousada? Eles já podem ter uma árvore de Natal completamente enfeitada.
O Natal é uma época em que o muito nunca é o
suficiente! Complementar ainda mais com suas decorações só irá trazer um
ambiente mais alegre e agradável.
As flores são essenciais no Natal. Escolha flores
brancas, vermelhas ou até mesmo verdes para enfeite do seu bolo. Uma cascata de
flores vermelhas ao lado de um bolo de casamento branco pode ser encantador.
Você também pode utilizar flores vermelhas como destaque
para o seu vestido de noiva.
Utilize velas ao longo do caminho, a cerimônia ficará
acolhedora. Apague as luzes para
escurecer e fazer suas velas os pontos focais. Se o ambiente tiver uma lareira,
não se esqueça de pedir-lhes para iluminá-la para brilhar ainda mais.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Promoção Agora eu caso 2012
A Canção Nova FM trás pra você neste mês de Setembro uma super promoção. Promoção Agora eu Caso em sua segunda edição! Um oportunidade pra você que deseja casar, com toda a beleza, com tudo que faz parte deste grande momento, talvez você até queria, planejou, mas diante das circunstâncias financeiras principalmente foi sendo adiado.
Mas a Canção Nova FM juntamente com a News Cerimonial quer promover este Sacramento na sua vida e na vida de quem você ama. O nosso principal desejo é de que através deste Sacramento que é o Matrimônio, que é constituir uma família de Deus e para Deus você possa viver para sempre dias de alegria e de esperança.
Promoção Cultural: Agora eu caso 2012
A promoção cultural “AGORA EU CASO”, realizada pela RÁDIO CANÇÃO NOVA , sediada no SAAN Quadra 03 – lote 80 – CEP: 70.632-300 BRASÍLIA – DF, não se sujeitando a qualquer exigência formal de Autorização Prévia, realizar-se-á conforme as disposições abaixo:
1 - DO PRAZO DA PROMOÇÃO
A “Promoção Cultural Agora eu Caso”, denominada simplesmente como “PROMOÇÃO”, terá início no dia 01 de setembro de 2012 e término no dia 05 de dezembro de 2012, às 23:59h.
1.1 -O período de inscrição desta promoção vai de 01 de setembro de 2012 a 20 de novembro de 2012.
2 - CRITÉRIOS PARA PARTICIPAÇÃO:
2.1 - Responder a pergunta: “Por que eu mereço ganhar uma festa de casamento?” de forma a justificar o merecimento do prêmio, observando-se o prazo de inscrição.
2.1.1 - Encaminhar a resposta pelos seguintes meios:
- E-mail: 89.1@cancaonova.com; ou
- Carta no endereço:
RÁDIO CANÇÃO NOVA
SAAN Quadra 03 – lote 80 – CEP: 70.632-300 BRASÍLIA – DF
- Com o titulo da mensagem: “Promoção Agora Eu Caso!”
2.2 – Para que a inscrição seja efetivada o participante deverá informar: nome, endereço, telefone e e-mail para contato.
2.3 - É imprescindível que todas as informações apresentadas pelo casal sejam passíveis de comprovação, sendo apresentadas nos moldes acima especificados, não sendo válidas outras formas. Em caso de informações diversas ao item 2.2, o participante estará automaticamente desclassificado.
2.4 - Poderá participar da promoção, qualquer pessoa física, residente e domiciliada no Distrito Federal e Entorno, maior de 18 anos, que esteja noivo ou que já possua união estável. O casal participante deve ser católico e possuir o sacramento do Batismo e da Primeira Eucaristia.
3- CRITÉRIOS DE ESCOLHA:
3.1- O casal que apresentar os argumentos mais convincentes para a Comissão julgadora será o escolhido. Será apreciado como critério de desempate: tempo de convivência, condições financeiras, e maturidade do relacionamento.
3.2 - A comissão julgadora é formada por 7 (sete) pessoas. Cada membro da comissão terá direito a um voto, que valerá um ponto.
3.3 - O processo de avaliação e seleção dos vencedores é soberano, não cabendo nenhum recurso. Em caso de empate no número de votos da Comissão Julgadora, o Diretor Geral da Rádio escolherá o vencedor.
3.4 - A Comissão possui completa autonomia e liberdade de escolha, não cabendo recurso algum contra as decisões referentes à escolha, sendo esta decisão irreversível.
4 - DIVULGAÇÃO DO RESULTADO
4.1- A divulgação do nome do casal ganhador ocorrerá durante o evento de premiação a ser realizado no dia 05 de Dezembro de 2011, na chácara das orquídeas localizada no Setor de Chácaras de Sobradinho – Lote 32. E estará disponível nos blogs: fmbrasilia.cancaonova.com/ e http://agoraeucaso2012.blogspot.com/ por 30 (trinta) dias.
4.2 - O casal que não estiver presente no evento de premiação será automaticamente desclassificado da promoção. Salvo, motivo de força maior, neste caso, o casal deverá informar a entidade promotora, além de enviar um representante legal, com autorização por escrito.
4.3- A promoção e seus resultados serão divulgados por meio da Rádio Canção Nova FM, freqüência 89.1FM, e nos endereços eletrônicos: fmbrasilia.cancaonova.com/ e http://agoraeucaso2012.blogspot.com/ e redes sociais
4.4 - O casal contemplado autoriza, em caráter irrevogável e irretratável, a utilização do seu nome, imagem e som de voz para divulgação da promoção e da premiação em qualquer mídia do Sistema Canção Nova de Comunicação, pelo prazo de 1 (um) ano, contado a partir do sorteio, sem qualquer tipo de ônus para a Canção Nova e ou empresas parceiras envolvidas nesta PROMOÇÃO.
4.5 - O casal ganhador compromete-se a participar de gravações, caso necessário, com uso da sua imagem e/ou voz para os fins descritos anteriormente, de forma gratuita.
4.6 – Caso a equipe Promotora, necessite esclarecer alguma dúvida sobre informações contidas na carta do casal, ela poderá entrar em contato com o casal participante através de telefone ou e.mail.
5- DA IMPUGNAÇÃO:
5.1 - No caso de fraude comprovada, o casal participante será excluído automaticamente do concurso sendo que o prêmio será transferido para o próximo colocado dentro das condições válidas.
5.2 - A história que violar direitos de terceiros ou alguma legislação vigente, não será considerada apta a participar da promoção e o seu autor responderá exclusivamente pelo mesmo.
6- DA ENTREGA DO PRÊMIO
6.1 - A entrega do prêmio se dará pela Instituição promotora ou por quem ela indicar, sem quaisquer ônus para o casal ganhador da “PROMOÇÃO”. O casal vencedor deverá estar presente no evento de premiação informado item 4.1, deste regulamento,
6.2 - O casal que não estiver presente no evento de premiação será automaticamente desclassificado. Salvo, motivo de saúde ou outro impedimento justificável, e deverá enviar um representante e informar à entidade promotora da promoção conforme item 4.2.
6.3 – Após a divulgação do resultado, o casal vencedor, tem até o dia 10 de janeiro de 2013 para escolher a data do casamento, observando os itens 7.1 e 7.1.2. O mesmo deverá comparecer à organizadora News Cerimonial, para assinar o contrato de contemplação, para validação da data escolhida.
7. DA PREMIAÇÃO:
7.1 – O casal ganhador será contemplado com a cerimônia religiosa e a festa de casamento para 100 convidados, a ser realizada entre os meses de fevereiro, março, (ou) abril de 2013.
7.1.1 - São de integral e exclusiva responsabilidade do casal contemplado os custos e procedimentos dos processos de casamento no civil e religioso.
7.1.2 - A Cerimônia religiosa e a festa deverão ser realizadas no mesmo dia, podendo ser escolhido entre os seguintes dias da semana: Terça-feira ou quarta-feira.
7.1.3 – A Festa terá a duração de 04 horas. Caso exceda, será cobrada uma taxa extra de cada profissional em seu próprio contrato.
7.2 – A Cerimônia Religiosa será realizada com missa na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, de Brasília, nos dias mencionados no item 8.1.2. O celebrante será de responsabilidade do casal vencedor.
7.3 - A Decoração da igreja contará com arranjos florais, um tapete na cor vermelha ou verde da própria catedral, genuflexório e cadeiras para os pais.
7.4 - As músicas da cerimônia religiosa serão ministradas por banda composta de músicos profissionais especializados em casamento.
7.5 – O casal vencedor ganhará o aluguel das seguintes vestimentas:
Vestido de noiva;
Roupa do noivo.
7.6 – A recepção será realizada em salão na cidade de Brasília, com capacidade para 100 pessoas. É de responsabilidade do ganhador o cheque calção do salão para eventuais prejuízos.
7.6.1 - É de responsabilidade do ganhador a taxa do ECAD.
7.7 - A decoração do salão contará com arranjos florais; toalhas para mesas, guardanapos.
7.7.1 - As cadeiras e mesas são de responsabilidade do casal vencedor.
7.8 – O casal vencedor terá direito ao Buffet. Serão oferecidos coquetel volante e jantar. No coquetel serão servidos salgados, refrigerante, suco e água. O cardápio do jantar será definido posteriormente, com o casal vencedor.
7.9 –O Bolo - o casal vencedor ganhará o aluguel da maquete, o bolo de 10 quilos (sabor a definir), docinhos (Quantidade suficiente para os convidados).
7.10 - A animação da festa será realizada por um DJ (que apresentará os seguintes serviços:
Sonorização.
Estrutura Metálica em “Gol
Operador de áudio (Dj)
Iluminação da pista;
7.11 – O casal ganhador contará com uma equipe de cerimonial especializada, altamente qualificada, uniformizados, com rádios comunicadores, para acompanhamento total e exclusivo durante todo o período contratado. Que constará:
Consultoria Prestada através de e-mail e telefone;
Orientação a respeito dos documentos civis e religiosos;
Ensaio da Cerimônia na Igreja – entradas na cerimônia com: Noivos, Pais, Damas e Pajens;
Assistência total aos noivos no dia do evento;
7.11.1- A contratação do serviço de confirmação passiva é de responsabilidade dos ganhadores.
7.12 – Será entregue ao casal o Ícone da Sagrada Família.
8 – DAS ALTERAÇÕES DA PREMIAÇÃO E DISPOSIÇÕES FINAIS
8.1 - Caso o casal ganhador queira mudar o local da cerimônia religiosa ou da festa, deverá arcar com os custos de deslocamento de cada serviço.
8.2 - Caso o casal queira aumentar a quantidade dos itens/serviços/número de convidados, entre outros, será cobrado um valor adicional.
8.3 - O casal não poderá acrescentar bebida alcoólica no Buffet ou serviço de Open Bar.
8.3.1- Não será permitida entrada de bebida alcoólica na festa do casamento.
8.4 - A premiação não poderá, em hipótese nenhuma, ser revertida em dinheiro.
8.5 – As empresas prestadoras de serviços serão indicadas pela promotora, não sendo possível ao ganhador esta escolha.
8.6- As datas apontadas, quanto à duração e resultado da promoção, poderão sofrer alterações em virtude de motivos de força maior ou caso fortuito, e em virtude de necessidades justificadas e apontadas exclusivamente pela Promotora, fato que não ensejará qualquer ressarcimento da Promotora ao contemplado.
8.7- Todas as dúvidas e/ou questões surgidas do presente concurso cultural serão solucionadas pela entidade promotora, considerando as normas de proteção ao consumidor em vigor.
8.8- Na hipótese de força maior ou caso fortuito poderão ser alteradas as datas e regras da presente promoção.
8.9- Este é um Concurso Cultural, conforme especificado no art. 30 do Decreto No. 70.951, de 09 de agosto de 1972.
Brasília, 01 de Setembro de 2012.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Casamento, eu quero?
Muitos casais, mesmo católicos, estão dispostos a
fazer grandes sacrifícios para obter uma casa ou um carro, pelo simples fatos
dessas coisas serem bens. Não querem, contudo, encarar o alegre sacrifício
que supõe ter filhos, Parece não entender que a fecundidade é o maior bem que
uma família pode ter!
Cormac Burke
” Infelizmente,
dedico boa parte do meu tempo a processos de anulação de casamentos. Um dos
motivos mais freqüentes de nulidade é o de que o consentimento estava viciado
pela exclusão de um dos três tradicionais bens do casamento: o bonum
fidei (fidelidade a um só cônjuge, a exclusividade da união
matrimonial), o bonum sacramenti (a permanência do
vínculo matrimonial, a indissolubilidade da união) ou o bonum
prolis (a prole, a fecundidade da união).
Cada um destes
valores traz consigo um aspecto de obrigação. É lógico e
conveniente, portanto, que nós, os juízes eclesiásticos, concentremos a atenção
nesta alternativa: a pessoa que se casou aderiu realmente a essa obrigação
ou não? Por outro lado, porém, não acho tão saudável que as pessoas em
geral considerem estes apenas como obrigações… Pensando assim, facilmente
acabariam por concluir que, na medida em que se trata de obrigações – com todo
o peso que qualquer obrigação implica, e dada a nossa tendência para evitar
qualquer peso -, a exclusão da fidelidade, da indissolubilidade ou da prole não
deve ser algo estranho ou inusitado. Pelo contrário, pensarão até que há boas
razões para considerar esse fenômeno como algo normal e previsível…
É evidente que não
me refiro a meras considerações teóricas. Receio que inúmeros cristãos – sem
falar dos que têm uma especial missão de formar e guiar os outros, professores
e conselheiros – deixem de surpreender-se com a idéia de que as pessoas excluam
um ou outro destes bens no momento em que se casam. Pode
parecer-lhes até bastante natural.
A EXCLUSÃO NÃO É
NATURAL…
Contudo, a
exclusão desses valores é surpreendente, justamente porque não
é natural. E não é natural porque ninguém rejeita obrigações ou
responsabilidades que acompanham necessariamente a aquisição de uma coisa boa.
Se uma coisa é muito boa, a bondade que proporciona supera de longe todo o
peso das responsabilidades. A compra de um automóvel
também supõe uma série de obrigações e responsabilidades; mesmo assim,
quase todas as pessoas consideram o automóvel uma coisa boa e pensam que,
apesar das desagradáveis obrigações que contraem, vale a pena comprarem um carro,
ou até dois ou três, se puderem pagá-los 1.
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(1) Conheço uma
família africana com dezoito filhos e sem automóvel, e uma “família” americana
(entre aspas, porque não sei se merece esse nome) com dezoito automóveis e sem
nenhum filho. Honestamente, penso que a família africana é muito mais feliz:
pelo menos dezoito vezes mais.
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Foi Santo
Agostinho quem teve a feliz idéia de nos descrever os elementos essenciais do
casamento como bona: como coisas boas. E é o Papa João
Paulo II quem, na Familiaris consortio, nos fala da
indissolubilidade como de uma alegre realidade que os cristãos devem anunciar a
todo o mundo. “É necessário – diz – reafirmar a boa nova da
natureza definitiva do amor conjugal” 2.
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(2) Familiaris
consortio, n. 20.
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A fidelidade e os
filhos são coisas boas. A indissolubilidade é uma boa notícia!
Tanto o Bispo de
Hipona como o Romano Pontífice fazem afirmações que nos estimulam a pensar, a
seguir uma linha de raciocínio que nos conduza a descobertas e redescobertas.
No meu modo de ver, é vital para o futuro do casamento e da família que
redescubramos algo de elementar que está escondido nessa doutrina, algo que
deveria ser bastante óbvio para todos, mas que vem sendo demasiado obscurecido:
o simples fato de que cada um dos bens matrimoniais é exatamente uma
coisa boa. Cada um desses bens é bom porque contribui
poderosamente não só para o bem da sociedade, mas também para o bem
dos cônjuges, para o seu desenvolvimento e amadurecimento como pessoas que
devem crescer em dignidade, em caráter e em generosidade: que devem aprender a
amar. (Afinal de contas, este é o bem definitivo que todos temos de
adquirir e desenvolver neste mundo: a capacidade de amar).
É NATURAL DESEJAR
UM VÍNCULO PERMANENTE E EXCLUSIVO
Só na medida em
que as pessoas recuperarem este modo de pensar compreenderão corretamente que
coisas boas, são também desejáveis. E, por isso, é natural
desejá-los. É natural, porque corresponde à natureza do amor humano.
Todo o homem
encontra qualquer coisa de profundamente bom na idéia de um amor:
a) do qual ele é o
objeto único e privilegiado;
b) que será seu
enquanto durar a sua vida;
c) através do
qual, tornando-se um co-criador, poderá perpetuar-se a si próprio (e até mais
do que a si próprio, como veremos mais adiante). A bondade que o homem vê
nos bens do casamento faz que lhe seja natural não só não temê-los
nem excluí-los, mas até procurá-los e acolhê-los.
É natural,
portanto, desejar uma união matrimonial fecunda, permanente e exclusiva. É antinatural excluir
qualquer desses três elementos. Temos de recuperar a perspectiva correta para
que essas realidades nos atinjam com todo o seu peso – e, através de nós,
possam tornar-se evidentes para os outros.
Em primeiro
lugar, é óbvio que a fidelidade e a exclusividade são algo bom: “Você
é insubstituível para mim”. Temos aí a primeira afirmação
verdadeiramente personalizada do amor conjugal, que aliás constitui um eco das
palavras de Deus dirigidas a cada um de nós, no livro de Isaías: Meu es
tu, tu és meu (Is 43, 1).
A
indissolubilidade também é algo evidentemente bom, como é bom ter uma casa, um
abrigo estável; conforta saber que se pertence a alguém, e que esse alguém nos
pertence, e que se trata de algo definitivo. As pessoas desejam esta situação,
foram feitas para ela, compreendem que deverão sacrificar-se para obtê-la, e
sentem que esse sacrifício vale a pena. “É natural para o coração humano
aceitar exigências, mesmo que sejam árduas, por amor a um ideal, e, acima de
tudo, por amor a uma pessoa” 3. Algo de muito estranho se passa
no coração e na cabeça de alguém que rejeita a permanência da relação conjugal.
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(3) João Paulo
II, Audiência Geral, 28 de abril de 1982.
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De qualquer modo,
não me estenderei mais a respeito destes dois aspectos, pois quero concentrar a
atenção no bem que supõe ter filhos.
QUANDO ALGUÉM SE
PRIVA DE UM BEM
A mentalidade
contraceptiva – dolorosamente diagnosticada pela Encíclica Humanae
vitae, em cujas páginas se encontram os remédios apropriados – é uma doença
que pode vir a ser fatal para a sociedade ocidental. O ponto essencial da
questão não são os debates ou discórdias sobre a moralidade de
determinadas técnicas de planejamento familiar; na verdade, isso
não passa de um aspecto do quadro patológico global. A verdadeira doença é
que quase toda a sociedade ocidental passou a encarar a limitação do número de
filhos como uma coisa boa e não é capaz de entender que é a privação
de uma coisa boa.
Não me refiro, é
claro, àqueles casais que, por razões de saúde, econômicas, etc., realmente
precisam recorrer a uma planejamento familiar natural (e o fazem com tristeza).
Penso em outros, em muitos outros, que teriam condições de manter uma
família mais numerosa, e voluntariamente se recusam a fazê-lo, aparentemente
sem perceber que se estão privando de um bem.
Preferem ter menos bona matrimonialia e mais bens materiais. E a
qualidade da sua vida – cada vez mais materializada e menos humana –
decorre inevitavelmente dessa escolha. Os bens materiais não podem manter
um casal unido. Os bens matrimoniais, e em especial o bem de ter
filhos, podem.
Com efeito, há
algo de profundamente bom nesse aspecto específico da união sexual entre marido
e mulher, no qual reside a sua autêntica exclusividade: esse compartilhar não
tanto o que pode ser um prazer sem igual, mas é com certeza
um poder sem igual, um poder que nasce da complementaridade sexual
e traz ao mundo uma nova vida. O homem e a mulher anseiam profundamente
por esta verdadeira união sexual e conjugal, e o seu anseio está fortemente
arraigado na natureza humana.
AUTO-AFIRMAÇÃO?
AUTOPERPETUAÇÃO?
As relações
sexuais entre os cônjuges que lançam mão de anticoncepcionais podem tornar-se
um mero exercício de auto-afirmação em que cada um dos dois só se busca a si
mesmo e não consegue voltar-se para o outro, conhecê-lo e entregar-se a ele. Pelo contrário, uma autêntica
intimidade sexual entre os cônjuges, aberta à vida, é por natureza afirmativa: afirma
o amor conjugal e a doação recíproca na mesma medida em que afirma a
singularidade e a grandeza do poder sexual que marido e mulher compartilham.
O desejo de
perpetuar-se é algo natural. Em si mesmo, já contém um valor personalista
profundo. E se o homem moderno tem dificuldade em compreendê-lo ou senti-lo,
isso é um sinal claro do nível de desvitalização, desnaturalização e
despersonalização em que se encontra. De qualquer forma, na união conjugal,
o anseio sexual procriador ultrapassa o desejo natural de a pessoa se
perpetuar a si mesma. No contexto do amor conjugal, este anseio
natural de autoperpetuação adquire um novo alcance e significado. Não se trata
de dois “eus” desconexos, cada um deles preocupado apenas com a sua própria
perpetuação, talvez de um modo egoísta. Mais do que isso, trata-se de duas
pessoas que se amam e que naturalmente querem perpetuar o amor que
os atrai um para o outro, a fim de que possam ter a alegria de vê-lo tomar
carne num novo ser humano, fruto do mútuo conhecimento carnal e espiritual pelo
qual os dois expressam o seu amor (cf. Gên 4, 1).
Duas pessoas
apaixonadas querem realizar juntas uma série de coisas: querem projetar,
construir ou montar algo que seja indiscutivelmente deles, como
fruto da decisão e da ação dos dois. Nada, repetimos, pertence mais
a um casal do que o filho que geram.
A sociedade,
através dos monumentos que constrói, evoca os grandes eventos do seu passado a
fim de manter vivos, no presente e no futuro, os valores que a sustentam. O
amor conjugal também precisa de tais monumentos. Quando o clima romântico
começa a desfazer-se, e os cônjuges sentem a tentação de pensar que o amor
entre eles se extinguiu, então cada filho se ergue como um testemunho vivo da
profundidade, da singularidade e da totalidade da entrega conjugal mútua que
fizeram um ao outro no passado – quando tudo era fácil -, e como um apelo
urgente para que continuem a entregar-se agora, por mais duro que possa
parecer.
AUSÊNCIAS
PROGRAMADAS
No meu trabalho na
Rota Romana, deparo freqüentemente com pedidos de anulação de casamentos –
perfeitamente válidos – de casais jovens que se uniram legitimamente e por
amor, mas cuja união desabou porque os dois, deliberadamente, adiaram a vinda
dos filhos, privando o seu amor conjugal da sustentação que lhe é natural.
Se duas pessoas se limitam a olhar extaticamente
uma para a outra, os defeitos que pouco a pouco irão descobrindo podem acabar
por parecer-lhes insuportáveis.
Se marido e mulher
aprendem a estar atentos aos seus filhos, continuarão a descobrir os defeitos
um do outro, mas já não terão tempo nem motivos para os considerarem
insuportáveis. E para que coisas olharão juntos, se não tiverem nada para
olhar? Uma série de ausências programadas vem transformando a
vida conjugal de inúmeros casais de hoje numa realidade oca, num vácuo que cedo
ou tarde acabará por desabar. O amor entre os cônjuges encolhe-se e
desaparece se os dois permanecem demasiado tempo com os olhos fixos um
no outro; para que cresça, tem de contemplar outros olhos – muitos outros
olhos, nascidos desse mesmo amor -, e ser por eles contemplado 4.
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(4) O amor de
casais naturalmente infecundos, aos quais Deus não deu filhos, também deve
crescer numa necessária dedicação aos outros.
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O amor conjugal
necessita, portanto, do apoio que os filhos representam 5.
Os filhos reforçam a bondade do vínculo matrimonial, permitindo-lhe
resistir às tensões que inevitavelmente se seguem ao enfraquecimento ou à
desaparição do amor romântico, espontâneo. O vínculo matrimonial –
que não se pode romper sem desobedecer a Deus – não é constituído somente pelo
amor e sentimentos – normalmente instáveis – que existem entre marido e mulher;
deve ser constituído, mais e mais, pelos filhos. E cada filho é um dos elos com
que se forja essa corrente, é um dos fios com que se entretece essa corda.
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(5) Quer seja um
só filho, quer sejam dois, ou talvez cinco ou seis. Somente Deus sabe quantos
filhos constituirão o apoio que cada casal requer. Por esta razão, se os
cônjuges querem tomar decisões acertadas num assunto tão vital para a sua
felicidade, devem fazê-lo com profundo espírito de oração.
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Na sua homilia em
Washington, D.C., em outubro de 1979, o Papa João Paulo II lembrava aos pais
que “é sem dúvida menos grave negar aos filhos determinadas vantagens
materiais e comodidades do que privá-los da presença de irmãos, que poderiam
ajudá-los a crescer em humanidade e a compreender a beleza da vida em todas as
suas idades e em toda a sua variedade” 6.
Eu sugeriria aos
pais demasiado propensos a limitar o número de filhos que lessem esta
advertência do Papa à luz do ensinamento do Vaticano II: “Os filhos são o
dom supremo do matrimônio e constituem um benefício máximo
para o bem dos próprios pais” 7. Ou seja, esses
pais não estão privando somente os filhos que já têm, mas a si próprios,
de um bem único, de uma experiência insubstituível na vida humana.
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(6) Homilia de 7
de outubro de 1979.
(7) On the scope
and nature of University education, Discourse IV.
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APRENDER A OPTAR
É freqüente
encontrar afirmações como esta: “As pessoas aceitam mais facilmente a idéia
da limitação ou do planejamento familiar quando possuem um nível de cultura e
educação mais elevado”. Concordemos ou não, admitir uma afirmação destas
sem questioná-la é aceitar uma determinada filosofia de vida. Com efeito, só as
pessoas que tenham recebido um tipo de educação muito peculiar,
completamente
impregnada de valores – ou antivalores – muito estranhos, é que conseguirão
aceitar com facilidade a idéia da limitação familiar. Semelhante educação pode
ser considerada educação cristã, ou mesmo simples educação? Vale a pena lembrar
o juízo que o cardeal Newman fez da educação do seu tempo, em meados do século
XIX. “O homem moderno”, dizia, “é instruído, mas não educado. Aprendeu a
fazer coisas, e a pensar o suficiente para fazê-las, mas não aprende a pensar
para além disso”…
Toda a questão,
nesta matéria, gira em torno de valores e opções, de alternativas e bens.
Poucas pessoas
podem ter todos os bens deste mundo. Mas há muitas que têm uma certa liberdade
de escolha: posso escolher entre um bem A e um bem B,
mas talvez não os dois simultaneamente. Terei de optar entre um e outro. A
opção inteligente e autenticamente humana escolherá o bem melhor,
sabendo que assim se enriquece: é a escolha educada. A opção pouco inteligente
e pouco humana escolherá o bem inferior, e é provável que ignore quanto se
engana e se empobrece ao fazê-lo.
Há algum tempo, no
Quênia, um africano fez-me o seguinte comentário ao saber que o índice médio de
fecundidade no Ocidente gira em torno de 1,2 filhos por casal: “Os casais
do Ocidente devem ser muito pobres se não têm condições econômicas
para criar mais de dois filhos…” Não era propriamente um especialista
qualificado no assunto, mas as suas palavras podem fazer-nos pensar.
Acrescentemos mais uma pitada desta sabedoria “não-tecnocrática”, desta vez
colhida no próprio Ocidente.
Conheci um jovem
casal inglês, há alguns anos. Um casal normal que queria ter filhos. Nasceu o
primeiro, e depois, sem que o quisessem, passaram-se três ou quatro anos sem
que viessem outros. Por fim, a mãe engravidou pela segunda vez. O primeiro
filho entusiasmou-se tanto quanto os pais. Infelizmente, ocorreu um aborto
espontâneo. O pai teve que contar à criança que não ganharia o irmãozinho ou irmãzinha
que esperava. “Olha, a mamãe não vai ter esse bebê”. Depois, aceitando os
imperscrutáveis caminhos de Deus, acrescentou: “Foi melhor assim…” O menino,
porém, não se rendeu tão facilmente: “Mas, papai, o que pode ser melhor
do que um bebê?”…
A ESCALA DE
VALORES
O menino do nosso
episódio possuía uma verdadeira escala de valores, o que, segundo
a Humanae vitae, é exatamente a primeira coisa de que um casal
precisa para encarar honestamente a regulação da natalidade 8. Um
casal que não considere a vinda de um filho como a maior e mais
enriquecedora aquisição que pode fazer manifesta não possuir uma
escala de valores verdadeira.
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(8) Cf. Humanae
vitae, n. 21.
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Muitos casais do
Ocidente parecem não compreender a verdade tão simples de que os filhos são o
fruto mais personalizado do seu amor conjugal, e que são, por conseguinte, não
só o maior dom que podem oferecer um ao outro, como também um presente de Deus
para os dois.
“Mas… se tivermos
mais um filho, os que já temos e nós mesmos ficaremos numa situação financeira
mais difícil…” Não me venham
dizer que pensam realmente que o novo filho passará mal, a não ser que queiram
pertencer ao grupo daqueles que se perguntam constantemente se a própria vida vale
a pena, ou se a não-existência não será afinal de contas preferível à
existência.
“Mas os nossos
outros filhos, os que já temos, vão ficar numa situação pior…” Ficarão mesmo? O
Papa afirma que, em termos verdadeiramente humanos, ficarão em situação melhor.
“Mas nós mesmos
enfrentaremos uma situação pior. Passaremos por maiores dificuldades…” É
bem verdade que vocês terão de trabalhar mais; aliás, hoje em dia muita gente
trabalha mais do que as horas devidas para ter “bens” materiais. Por acaso isso
os torna menos felizes?
No mais íntimo do
seu coração, muitos casais devem sentir sem dúvida a verdade de que um filho é
uma boa e grande dádiva. O problema é que vêm sendo condicionados para
não confiar nessa verdade. E é por isso que precisam de que alguém os ajude
a conquistar essa confiança. No meu modo de ver, somente os casais que
optaram pelo bem de ter filhos, em toda a plenitude com que Deus
desejava abençoar-lhes o casamento, estão habilitados a ensinar e transmitir
essa confiança. O Papa Paulo VI, na Humanae vitae, quis
destacar em primeiro lugar, entre os pais que compreendem e vivem a
paternidade responsável de acordo com a vontade de Deus, aqueles que tomam “a
deliberação ponderada e generosa de ter uma família numerosa” 10.
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(10) Humanae
vitae, n. 10.
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Muitos casais de
hoje vêm sofrendo de uma auto-privação, de um empobrecimento
voluntário, causado pelo fato de recusarem o dom da vida e a fecundidade do
amor. Não me surpreenderia se a história viesse a registrar a nossa
sociedade moderna, tão preocupada com o bem-estar, como “a sociedade empobrecida“,
na qual povos inteiros se foram depauperando até à morte porque o sentido
verdadeiramente humano dos valores foi pouco a pouco sugado das suas vidas.
A PERDA DA
SEXUALIDADE
Uma última palavra
sobre a idéia de auto-privação. Às vezes, privar-se de alguma coisa pode ser
necessário e sensato, por exemplo quando motivos de saúde exigem que alguém se
prive de alimentos sólidos. Esse jejum, no entanto, não deixa de ser uma
privação, e se não se quiser que termine na morte, deve ser temporário, para
que o paciente possa voltar a alimentar-se de maneira saudável e normal. O
apetite sexual da sociedade ocidental moderna não é normal nem saudável, nem
realmente sexual.
Os defensores da
contracepção rejeitam o ensinamento da Igreja segundo o qual os aspectos
unitivo e procriador no sexo conjugal são inseparáveis, e afirmam que é
perfeitamente legítimo separá-los, já que a anticoncepção anula o aspecto
procriador, mas respeita o unitivo. Ora bem, na realidade, não é
isso o que acontece quando se recorre a esses meios. O verdadeiro efeito das
práticas anticoncepcionais não é separar esses dois aspectos, mas anulá-los.
Que o sexo submetido a anticoncepcionais não é procriador, é evidente para
qualquer pessoa, mas o que não é tão claro é que não seja unitivo, pelo menos
em sentido conjugal. Ora bem, o que uma análise mais profunda dos fatos nos diz
é que nem mesmo é sexo, num sentido propriamente humano.
Na contracepção,
não se separa o sexo de algum elemento estranho a ele, ou de um elemento a ele
vinculado por um lamentável acidente no projeto biológico do sexo. O que se
separa é a ação do sexo – a ação aparente – do seu significado.
A realidade do sexo é inteiramente deixada de lado, e o que as pessoas realizam
é uma simples pantomima.
Ou seja, o que na verdade se separa é o “corpo” do
sexo da “alma” do sexo, e o que fica para trás é o cadáver do sexo. A anticoncepção oferece às
pessoas um sexo aparentemente corporal, ou seja, essencialmente privado de
alma. Ora, isso não passa de sexualidade mumificada, de sexo
morto. O nosso mundo moderno, com efeito, está empenhado em matar o sexo e
a sexualidade humanos.
Muitos casais
modernos perderam o verdadeiro apetite sexual. A sexualidade que os
caracteriza não é uma sexualidade humana. Uma masculinidade e uma
feminilidade aleijadas convergem num simulacro de união que não é
autenticamente conjugal. Esses casais correm o perigo de morrer de inanição
conjugal-sexual, na medida em que estão privados das qualidades humanizadoras e
personalizantes do verdadeiro sexo conjugal, desse verdadeiro bem
que é a sexualidade. Uma esterilidade voluntária nega ao seu amor o
fruto que o próprio amor – de acordo com a sua natureza – deveria produzir, e
do qual necessita para se alimentar e sobreviver.
Cormac Burke
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